24 maio 2010

Arte, loucura, terapia. MOACYR SCLIAR

Zero Hora. 06 de setembro de 2008
A CENA MÉDICA  . MOACYR SCLIAR
Arte, loucura, terapia

A idéia segundo a qual os artistas são meio malucos é antiga. Para os gregos, o impulso artístico resultava de uma possessão, verdade que pelas gentis Musas, mas possessão. E de possessão a loucura vai um passo, o que explica o comentário do poeta inglês Lord Byron: “We, of the craft, we are all crazy”, nós, desse ofício, somos todos loucos. O diagnóstico vale não só para a poesia, mas para todas as artes. Na pintura não foram poucos os casos de franca doença mental. Num ataque de loucura, Vincent Van Gogh cortou uma orelha. O norueguês Edvard Munch, de O Grito, era alcoólatra, sofria de alucinações e foi internado numa clínica psiquiátrica. Andy Warhol tinha um grau moderado de autismo.
***
O artista é uma pessoa que tem um contato privilegiado com o inconsciente, aquela obscura parte de nossa mente que abriga delírios, sonhos e fantasias. Baseada nisto a psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999) criou o Museu do Inconsciente. Espírito independente – foi presa como comunista –, Nise recusava os tratamentos convencionais, como o eletrochoque. Discípula de Jung, ela buscava uma compreensão mais profunda do universo interior do esquizofrênico e via nos desenhos e pinturas de seus pacientes (alguns dos quais, como Artur Bispo do Rosário, ficaram famosos) o caminho para isso.
Que estava certa mostram-no também os vários testes que se baseiam no desenho ou na interpretação de imagens para o diagnóstico da situação mental da pessoa, o Rorschach sendo disto um exemplo, ainda que controverso, e também o teste de desenho criado em 1926 por Florence Goodenough (este é um sobrenome que condiciona destino: em inglês quer dizer “bastante bom”, o que poderia ser uma propaganda para seu teste).
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Fica a grande questão: é a arte uma expressão patológica da personalidade? Ao contrário. Muitos artistas dirão que vêem em sua atividade um refúgio para o sofrimento psíquico. Existem artistas doentes, por certo; mas é óbvio que, se não fosse a arte, seriam ainda mais doentes. Daí a idéia de usar formas artísticas como terapia: a dança, o teatro (através do psicodrama, criado pelo psiquiatra Jacob Moreno). São especialidades que já reúnem considerável grau de experiência e de sucesso, mostrando que temos, dentro de nós, não apenas os mecanismos que podem conduzir à doença mental como também os meios para curá-la ou melhorá-la. É verdade: de médico, de poeta e de louco todos nós temos um pouco. É uma mistura que nos ajuda a enfrentar, de forma criativa e não raro gratificante, os agravos da existência

OFICINA DE ARTETERAPIA com KIRA: O poder do animal, a força inconsciente e ancestral manifestado no simbólico

Participei da Oficina de Arteterapia com a ARTT Kira Burro, no novo espaço Artemim, sobre: "O poder do animal, a força inconsciente e ancestral manifestado no simbólico", bem interessante e intenso.
A proposta era que "através de atividades corporais de contato com a natureza e do modelado na argila, expressar a força interna, qualidade pessoal, inconsciente, manifestado através do poder do animal ancestral e simbólico" .
Onde as possibilidades da arte, da imagem simbólica podem rescatar forças e uma maior consciencia do momento ou etapa que vivenciando...
Hoje, um pouco aranha, tecendo redes, capturando talentos, potencialidades, procurando pontos firmes aonde inserir uma linha de ação e entrecruzar saberes, conhecimentos e emoções. Alinhavar redes e suportes aonde sustentar novas criações e realidades, criar e propor mudanças e carregar comigo aquilo que nutre e alimenta...
Com passos lentos, ou movimentos rápidos.
Constante, perseverante... Qual aranha..

Mas vem aí a pomba... a força que traz a paz, a comunicação, que pousa na espera de entregar sua mensagem...
Meu ser educadora? tal vez...
e surgiu em outro blocos de argila com outras mãos a borboleta, símbolo de trasnformação, mudanças, ela...que antes de conseguir voar, foste de muitas formas...
Agora com asas, com condições para voar... é teu tempo de mostrar tuas cores, tua alegria, tua capacidade...

Otimismo contagia (OFICINA DE ARTETERAPIA fez parte do processo!)

Saiu na CAPA do Jornal ZERO HORA do 22 de maio de 2010

N° 16343   maicon.bock@zerohora.com.br  MAICON BOCK

Serenidade de médicos e pacientes beneficia também os familiares
Noite da sexta-feira 30 de abril. Flávio Steffens de Castro, 30 anos, recebe a confirmação de que a dor que o acompanha há alguns dias é mais séria do que imaginava. Com dificuldade de percorrer as veias, o sangue havia coagulado no pé esquerdo, o que poderia acarretar consequências sérias, como o deslocamento do coágulo pela corrente sanguínea, comprometendo a circulação em veias do cérebro e do pulmão.
O diagnóstico de trombose interrompe planos imediatos – envolvia-se com os preparativos para a abertura da própria empresa, reencontraria velhos amigos em um casamento e passaria o fim de semana com a noiva –, mas não abala o humor do gerente de projetos na área de informática.
Cinco horas depois de chegar, Flávio é levado para um quarto no oitavo andar do Hospital São Lucas, na Capital. É o início de uma internação que mudaria o jeito de ver a vida
– A primeira sensação é a pior. Pensei: “Esse é o meu fundo do poço”. Mas logo busquei melhorar o humor, principalmente para acalmar meus pais – recorda.
Depois do baque, Flávio decidiu encarar a experiência como uma condição temporária. Passou a extravasar as emoções com a ajuda do inseparável computador portátil conectado a um modem 3G – foram horas a fio nessa prática sedentária que, possivelmente, contribuíram para o aparecimento da trombose.
Por meio do Twitter, o porto-alegrense expôs a rotina hospitalar em 450 microtextos (depois compilados no blog www.fuiprohospital.wordpress.com). Nem a limitação de 140 caracteres por vez foi capaz de aplacar o bom humor. Os relatos espirituosos logo atraíram a atenção de centenas de pessoas. E não faltou assunto durante o período da internação, que seria de cinco dias, mas acabou prolongado em mais 10 por causa de uma infecção.
O paciente detalhou o relacionamento com os vizinhos que se revezavam no leito ao lado (cinco no total) e a equipe médica, além das evoluções e das recaídas. Também não faltaram textos sobre a programação televisiva, a comida do hospital, a medicação e a expectativa com a alta.
Flávio passou a ver com outros olhos a atuação de médicos e enfermeiros. Ficou encantado com a forma como eles se mantêm positivos em um ambiente marcado por dor e sofrimento. Para o gerente, que agora continua o tratamento em casa, encarar a situação com alto-astral fez toda a diferença:
– O bom humor é contagiante. Ilumina o ambiente, traz novas perspectivas de encarar a vida e os problemas. Ansiedade e preocupações acabam tendo consequências diferentes. As pessoas com quem nos relacionamos são tocadas por esse sentimento e também mudam.
Acostumado ao ambiente hospitalar desde os seis anos, Eduardo Scherer, 20 anos, também é um exemplo de alto-astral em meio às adversidades. Para evitar o comprometimento dos movimentos da boca decorrentes de uma má-formação congênita no rosto, o que poderia afetar principalmente a fala, o universitário foi submetido a uma série de cirurgias, que teve início ainda na infância.
– Nunca encarei isso como um problema, nunca deixei que me atrapalhasse. Sempre tentei ver o lado bom das coisas. Existem pessoas com problemas maiores que os meus – conta.
Morador de Cachoeira do Sul, na Região Central, Eduardo é considerado um exemplo de motivação para amigos, familiares e médicos. Com o acompanhamento recebido ao longo de mais de 12 anos, conseguiu superar o problema e hoje leva uma vida normal. Cursa o terceiro semestre de Direto e faz estágio no Fórum local.
O que dizem as pesquisas
Estudo da Universidade de Negev, de Israel, divulgado na revista científica BMC Cancer, mostra que o otimismo é fator de proteção contra o câncer de mama. A pesquisa apontou que mulheres deprimidas, pessimistas e que sofrem baques emocionais, como separação ou perda de familiares, têm mais chances de desenvolver a doença em comparação às demais.
Publicada na revista americana Annals of Family Medicine, uma pesquisa revelou que homens otimistas estão mais protegidos contra doenças do coração. Cientistas acompanharam quase 3 mil homens ao longo de 15 anos e perceberam que a possibilidade de mortes por infarto ou acidente vascular cerebral (AVC) é três vezes menor entre os mais confiantes sobre sua condição de saúde.
O pensamento positivo é um aliado contra a dor nas costas, conforme pesquisa divulgada pelo Journal of the American Medical Association. Cientistas apuraram que os pessimistas que sofrem de dores lombares têm maior tendência a não realizarem atividades físicas, o que leva à piora dos sintomas. Os otimistas teriam mais chances de se recuperar por sentirem menos medo de praticar atividades nos momentos de dor
Curado, o pessimista parece continuar doente
Comprovado em estudos internacionais como fator de proteção contra enfermidades, o otimismo é o grande aliado dos profissionais da saúde que atuam em hospitais. Enfermeiros, psicólogos e médicos constatam, no dia a dia, que pacientes de bem com a vida respondem melhor ao tratamento e apresentam menos efeitos colaterais aos medicamentos.
Oncologista dos hospitais Fêmina e Moinhos de Vento, na Capital, Daniela Dornelles Rosa observa que mulheres que se preparam para enfrentar positivamente o câncer de mama têm resultados benéficos mais rápidos em comparação às menos confiantes. Segundo a médica, os efeitos colaterais e o sofrimento são menores entre aquelas que acreditam que a situação é passageira e superável.
– Mesmo curadas, algumas pessoas com uma visão mais pessimista parecem continuar doentes. Outras que ainda não terminaram o tratamento ou que têm um câncer mais avançado, muitas vezes, não parecem doentes, pela maneira como enfrentam os problemas. É bem interessante o impacto dessas diferentes visões na qualidade de vida das pacientes – diz Daniela.
O pessimismo é reflexo da personalidade, da debilidade causada pela doença e da carência emocional, entre outros fatores. Nas enfermarias, ganha espaço a psicologia hospitalar como forma de combater a negatividade e tornar mais eficientes as medidas curativas. A psicóloga Maria Estelita Gil, do Hospital São Lucas, diz que o fundamental é o profissional se imaginar na condição do paciente.
– O segredo é a empatia na relação do médico ou enfermeiro com o paciente. No momento em que ele se sente acolhido, começa a verbalizar o que sente, e isso ajuda a reforçar os pensamentos positivos – avalia Estelita, que com frequência depara com pacientes resistentes a aderir às prescrições médicas.
Nem sempre o mau humor está no paciente. Familiares, às vezes, demonstram maior abalo emocional, necessitando de suporte. Identificada a situação, os hospitais acionam áreas de apoio para suporte psicológico ou psiquiátrico, assistência social e religiosa, entre outras.
Para estimular os bons pensamentos, os profissionais se preparam e se mobilizam. No Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), enfermeiros se reúnem periodicamente para avaliar o que pode ser melhorado no atendimento. As rodas de conversa no chamado Espaço da Alma se baseiam em três pilares: cuidado, saúde e espiritualidade. A enfermeira Marcia Weissheimer, que atua no bloco cirúrgico do HCPA e participa dos encontros, explica que a ideia é transmitir ao paciente uma sensação de bem-estar, que significa mais do que otimismo.
O hospital aposta em ações de relaxamento e lazer para manter o astral da equipe em alta. Por exemplo, na semana do Dia do Enfermeiro, em maio, foram promovidas atividades como massagem, dança, ioga e meditação. A iniciativa se repete em outros momentos do ano.
– Criamos um grupo de trabalho para tentar implementar isso, dentro do hospital, para os pacientes também, já que somos um centro de saúde. A ideia é integrar outras práticas relacionadas ao otimismo e à qualidade de vida que mais se encaixam para o paciente – informa Marcia.
Se você está internado
-Confie na equipe multidisciplinar que o acompanha.
-Esclareça dúvidas sobre o diagnóstico e o tratamento, evitando fazer perguntas para leigos.
-Considere suas próprias impressões e perceba se o tratamento é bom para você. Se não for, converse com os especialistas.
-Atenha-se a algo em que acredita (espiritualidade ou religiosidade) para tornar mais leve a passagem pelo hospital.
-Deixe o relógio em casa.
-Procure grupos de apoio que atuem sob supervisão de profissionais de saúde.
-Mantenha, na medida do possível e de acordo com as recomendações, suas atividades de rotina (trabalho, lazer, esportes).
-Ouça suas músicas preferidas. Preencha o tempo fazendo algo de que goste.
-Respire fundo. Viva com tranqüilidade e não leve tudo tão a sério.
-Imagine-se já em casa, retomando a rotina e bem de saúde
Se você é familiar
-Faça visitas para compartilhar algo bom: uma história divertida, uma novidade.
-Esteja presente, mesmo se quando dispor de pouco tempo.
-Deixe assuntos delicados e difíceis para depois da alta.
-Não transforme o quarto do hospital na sala de casa. Evite conversar em voz alta.
-Respeite os pacientes que dividem o mesmo quarto. Eles não são obrigados a compartilhar discussões familiares do vizinho de leito.

21 maio 2010

ESPAÇO DA ALMA - Jornada de Arteterapia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre


Espaço da Alma. Práticas Integrativas de Saúde, para os cuidadores. (Médicos, enfermeiros, funcionarios...)
Na 21ª Semana de Enfermagem do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e da Escola de Enfermagem da UFRGS. "Compreender e construir redes de saúde."
No dia 13 de maio de 2010, aconteceu a Jornada de Arteterapia.
Oportunidade de poder colaborar atraves da arte, enriquecer as vivencias das pessoas que tanto se doam...
Foi muito , muito profundo o encontro... ainda que possa parecer irrelevante para quem manipula numeros e estatisiticas...
Preciosa essa tarde como profissional arteterapeuta,  sobre tudo pelo que acredito:
Estamos e trabalhamos pelo que valorizamos em nossa vida...
Compartilhar o mais nobre de cada uma: nossa criatividade e nosso saber.
É o melhor que podemos fazer: o algo a mais, além de nosso trabalho.
Obrigada a Mara e Marihê, pelo convite e sobre todo a Letícia e Marta, pela entrega e envolvimento.

DEBATER, QUESTIONAR, INTEGRAR E CRIAR NOVOS CAMINHOS DE INTERVENÇÃO GESTÁLTICA SOBRE A VULNERÁVEL RELAÇÃO ENTRE O HOMEM E O MEIO AMBIENTE

I FÓRUM DE GESTALT, PSICOLOGIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
focado na temática geral do
IMPACTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO EQUILÍBRIO BIOPSICOSSOCIAL
e, mais especificamente na CLÍNICA DAS VULNERABILIDADES.
São José do Rio Preto - SP,
28 e 30 de maio de 2010,
nas instalações do IBILCE/UNESP.

A UNIÃO DA GESTALT-TERAPIA COM A PSICOLOGIA AMBIENTAL NA BUSCA POR INTERVENÇÕES SOCIAIS.

O grito da Terra está ecoando em todos os cantos do diâmetro esférico. Um grito com a necessidade de ser ouvido, incansavelmente. A Terra é um lar colocado em xeque, pelo aquecimento de sua temperatura, pelas alterações climáticas, por entre o capítulo da devastação de seus recursos naturais, pela relação desgastada entre o Homem e seu habitat. Em meio a catástrofes e desastres ambientais contínuos, o ser humano vai consolidando-se como refém de sua própria ingerência, assumindo o caráter de vulnerabilidade, solidão e indiferença.
A vida neste planeta acumula ameaças diárias. O equilíbrio biopsicossocial está na mira da manifestação climática. E somente a força conjunta da humanidade conseguirá salvar a agonia planetária.
Este Fórum surge com um caráter inédito e emergencial. A Gestalt-terapia adentra ao campo de discussões psicológicas para centrar este Homem em sua relação ambiental. É a abordagem da conscientização, da mudança, da visão holística e da ação pelo bem-comum e integração humana. Aqui teremos três dias de encontro e direção, do ajustamento criativo, da amplitude deste olhar diametral, para a própria existência. Venha trabalhar conosco, pela vida e pela Terra.          Marcus Vinícius Gabriel - NGTRP

ESCRITA PERCEPTIVA.um LUGAR de ENCONTRAR vivências, exercícios e leituras, relato de experiências, compreensão da singularidade, autoconhecimento e autocrítica através de conto, poesia, crônica e outros textos.

Oficina arteterapêutica
Marilice Costi (AATERGS 072/0808)
Local: Rua Santana, 666/504 – Porto Alegre /RS – acesso fácil
Investimento: 3 x R$ 250,00 – (R$ 700,00 à vista)
Início: 28 maio - Sexta-feira - 14h30min às 17h (12 encontros)
(51) 30287667 – 96542097
http://lattes.cnpq.br/8937478893624381

SEMINÁRIO - VIDAS DO FORA: habitantes do silêncio

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL E INSTITUCIONAL

Ramiro Barcelos, 2600 – Térreo – Sala 13
3308.5149   ppgpsi@ufrgs.br www.ufrgs/ppgpsi.br

16 maio 2010

EXPOSIÇÃO DE ARTE POSTAL

Convite para que todos os arteterapeutas e estudantes de Arteterapia participantes do IX Congresso Brasileiro de Arteterapia, que acontecerá em São Paulo (8 a 11/10/2010), enviem seus trabalhos para uma exposição que tem como objetivo a troca de ideias por meio da Arte Postal.
A Arte Postal iniciou-se logo nas primeiras décadas do século XX. Dadaístas, Surrealistas e Futuristas aderiram à Arte Postal para divulgar seus pensamentos, aproveitando os serviços do correio que estava em expansão. Nas décadas de 1970 e 80 foi intensamente usada pelos artistas conceituais, objetivando a proliferação da arte e suas ideias a qualquer pessoa e em qualquer lugar.
TEMA QUE NORTEARÁ A PRODUÇÃO DOS POSTAIS: O tema obedecerá a temática principal do congresso, que é “Arteterapia no século XXI: diversidade e profissionalização”. Dentro deste tema poderão ser tratados, por meio de imagens, textos e outros recursos gráficos, a riqueza da arteterapia inserida em uma determinada cultura, seja no Brasil, na América Latina e no mundo.
FORMATAÇÃO:
· Tamanho do suporte: 10 x 15 cm;
· Os materiais a serem utilizados no processo de comunicação e criação de imagens são de livre escolha do autor;
· No verso do suporte, o autor deverá colocar fita adesiva dupla face em toda a borda, de modo a facilitar a fixação no dia do Fórum.
CRITÉRIO DE SELEÇÃO: A proposta da Arte Postal é divulgar todos os trabalhos recebidos, sem que sejam submetidos à seleção ou júri, desde que sigam as normas de formatação acima descritas.
DATA FINAL PARA POSTAGEM DOS TRABALHOS: 25 de setembro de 2010
ENVIAR PARA:
Aluá Eventos - A/C Arte Postal – IX Congresso Brasileiro de Arteterapia
R. Proença, 1184 Sl. 71 - Jardim Proença - Campinas- SP CEP 13026-121

14 maio 2010

3o.Seminário de Capacitação Profissional em Dançaterapia

12 e 13 de junho de 2010
Objetivo: proporcionar aos participantes um maior aprofundamento da dançaterapia, através de vivências práticas.
A dançaterapia utiliza a dança e o movimento como ferramentas de expressão. Fundamentada na metodologia criada pela bailarina argentina Maria Fux, a dançaterapia busca utilizar os recursos artísticos, educacionais e terapêuticos para transformar o corpo num veículo de comunicação.
Dançaterapia é convivência e descoberta, pois trabalha-se o movimento para transformar a rigidez do corpo, trabalha-se o prazer, a concentração, a paciência, o acolhimento, o respeito às diferenças, sendo a dançaterapia também um caminho para o autoconhecimento.
A ministrante Sonia Lopez, é argentina, bailarina, coreógrafa e dançaterapeuta, desenvolveu seus estudos desde os 4 anos com a bailarina Maria Fux. Participa a nível nacional e internacional de diversos congressos sobre arte, educação e saúde.
É presidente fundadora da Fundação Sonia Lopez de Dança e Dançaterapia em Buenos Aires, onde trabalha com grupos de portadores de deficiência, mulheres, crianças, idosos, etc.
Trabalha também como docente para capacitar professores na escola de Capacitação Docente, Ministério da Educação do Governo da cidade de Buenos Aires.
O público alvo são estudantes e profissionais das áreas da cultura, educação e saúde, professores, bailarinos, psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogos, arteterapeutas, atores, artistas plásticos, médicos, assistentes sociais e todos que desejam melhorar a sua qualidade de vida, sem limite de idade e sem necessidade de experiência prévia.
Duração . 12 horas.
Sábado das 9h às 12h e das 14h às 17h
Domingo das 9h às 12h e das 14h às 17h.
Temas abordados
• Que é dançaterapia
• O autoconhecimento
• O ritmo interno
• O ritmo como pilar fundamental do ser humano
• Estímulos não audíveis
• A cor, a linha, a forma
• A voz e o corpo
• A criança, o adolescente, o adulto, o idoso, em busca de uma linguagem artística e corporal
• Projeção de vídeos
O valor da inscrição, até dia 1º de junho de 2010  R$ 150,00 público em geral e R$ 135,00 para Associados da AATERGS
Local
Ágape, espaço de arte - Rua Anchieta, 4480 Pelotas/RS
Informações pelos telefones: (53) 8416 6762 – (53) 3303 3553 – (53) 3028 4480
Organização : Daniela de Moraes Meine. AATERGS 046/0407

10 maio 2010

PROCESSOS MARAVILHOSOS EM AULA SOBRE CRIATIVIDADE

Novamente sentir o prazer de co-criar na sala de aula na formação de profissionais...
Processos maravilhosos em aula de criatividade.. onde alunos e professor co-participam do aprendizagem, ensinagem... co-criando e re-significando a história da criatividade na suas vidas...
É confirmando aquilo que acredito,
revivendo o que anseio contagiar em sala de aula e na vida: a paixão pelas mudanças, pelo crescimento do outro, dos outros, de um grupo, de mi mesma...


não sei quem pegou a minha máquina de fotos.. mas capturou exatamente a expressão de éxtasis e conexão com o outro, com o grupo comigo.. com a criatividade pulsante que me identifica...
como "profe", como "arteterapeuta", às vezes errando, às vezes com medo... pero sempre em frente...
Adorei comparitlhar com vocês, obrigada a Selma por confiar este módulo a mim, novamente, obriagda Simone por estar junto de alma e pelo abraço sincero no sábado...
obrigada por aceitar o desafio deste final de semana querida turma de AT5...
lembrei a At4, tão presentes ainda... recordei à AT3 !...e meus queridos da AT2...
e a meus colegas da AT1...
e hoje... lembrando... rescato o crescimento numérico de arteterapeutas ontem, alunos, hoje colegas... o crescimento e amadurecimento de cada um dos que fazem parte da comunidade de formandos no INFAPA...
que delicia compartilhar o que sabemos, o que descobrimos, o que amamos...
Angélica.... Maio de 2010...

novas propostas, novos locais...

06 maio 2010

Repensar, reeducar, recriar, reduzir, reciclar e reconstruir

QUE É ARTEMIM?
É um espaço de desenvolvimento humano que tem como objetivo desenvolver aspectos criativos, emocionais, cognitivos e autoconhecimento através da arte -educação ambiental e arteterapia. Transformando pessoas em indivíduos mais estruturados, equilibrados, diminuído os conflitos internos. Acreditando na idéia de uma sociedade sustentável mais harmônica, alegre, respeitando as diversidades e praticando a inclusão social.
PROGRAMAS:
*GIRASSOIS – Oficinas de arte infantil com Kira.
*CRIARMAIS- Oficinas de arte para jovens, adultos e idosos com Kira.
*ARTEIROS MAIOR atividades de arte para idosos com Margret ou Kira
*OFICIO CRIATIVO - Arte têxtil , bordados, tecelagem e feltragem para adultos com Margret Spohr
*OFICINA FIO E LINHA- Oficinas lúdicas através dos panos e costuras a partir de 7anos com Margret
*ATELIER TERAPÊUTICO-Individual ou em grupo com Kira ou Margret.
*BRINCARTE oficinas de criatividades para pais e filhos , aos sábados com Kira ou Margret.
RESPONSÁVEL
Kira Burro AATERGS nº 12/0603 é arte-educadora ambiental, artista multimídia,
especialização em Arteterapia, SP em 2000. http://artecomkira.blogspot.com/
PARCERIA-
Margret Spohr AATERGS nº 070/0408 é Mestre em Ecologia, especialista em arteterapia, é artista têxtil. http://www.oficiocriativo.com.br/
ENDEREÇO
Centro Artemim de arte-educação ambiental e Arteterapia
R. Faria Santos, 96, Petrópolis, Porto Alegre, RS - 90670-150
Tel-51-3330-8544 cel- 51-9661-4060 begin_of_the_skype_highlighting 51-9661-4060 end_of_the_skype_highlighting
E mail - kira.artes@gmail.com  / margret_s@terra.com.br
http://centroartemim.blogspot.com/

04 maio 2010

AS DUAS CAIXAS

Por Rubem Alves, para o Portal Aprendiz
Fernando Pessoa escrevia, lia o que escrevera e se assombrava. "Por que escrevi isto? Onde fui buscar isto? Isto é melhor do que eu..."
Coisa parecida acontece comigo. Alguém me mostra um texto e diz que fui eu quem o escreveu. Leio-o, mas não o reconheço. É como se tivesse sido escrito por uma outra pessoa. Mas, à medida em que vou lendo, vou ficando alegre. É um texto bom, melhor do que eu! Faço então as mesmas perguntas que fazia Fernando Pessoa ao ler o texto que acabara de escrever.
Sinto, então, vontade de publicar aquele texto de novo. Se ele surpreendeu a mim, é de se esperar que o mesmo aconteça com os leitores. E por que não?
Sei que Freud achava que a compulsão à repetição é um sintoma neurótico. Mas essa não é toda a verdade. Digo que o desejo da repetição pode ser a reação da alma diante da beleza. Quero ouvir de novo a "Valsinha", quero ver de novo as telas de Carl Larsson, quero comer de novo um frango com quiabo mineiro, quero ver de novo os ipês floridos...
Eu gostaria de publicar inteiros dois artigos que escrevi faz muito tempo. Eu os reli e gostei. Para que meus leitores saibam o que penso da educação. Como não posso publicá-los inteiros, vou publicar o essencial. E foi isso que escrevi:
"Explicações conceituais são difíceis de se aprender e fáceis de se esquecer. Por isso, caminho sempre pelo caminho dos poetas, que é o caminho das imagens. Em vez de explicar por meio de conceitos abstratos, vou mostrar o que digo por meio de imagens. Quem aprender as imagens terá aprendido o essencial da minha filosofia de educação."
"O corpo carrega duas caixas. Na mão direita, mão da destreza e do poder, ele leva uma caixa de ferramentas. E na mão esquerda, mão do coração e do prazer, ele leva uma caixa de brinquedos."
"Os animais não precisam de ferramentas. Seus corpos são as ferramentas de que necessitam para viver. Diferentes dos animais, nossos corpos são fracos e incompetentes. Se fôssemos depender deles para sobreviver, como os animais, há muito teríamos desaparecido da Terra. A fraqueza e a incompetência obrigaram o corpo a pensar e a criar. E foi assim que inventamos porretes, pilões, facas, flechas, redes, barcos, casas, como extensões do corpo."
"A primeira tarefa de cada geração, dos pais e das escolas, é passar aos filhos, como herança, a caixa de ferramentas. Para que eles sobrevivam e não tenham de começar da estaca zero."
"Diante da caixa de ferramentas, a primeira pergunta que um professor tem de fazer é: "Isso que estou ensinando é ferramenta para quê? De que forma esse conhecimento aumenta a competência dos meus alunos para viver a sua vida?"
Mas há uma outra caixa, na mão esquerda, a mão do coração e do prazer. Essa caixa está cheia de coisas inúteis que não servem para nada. Lá estão um livro de poemas da Cecília Meireles, a estória de "Alice no País das Maravilhas", um pé de jasmim, um quadro do Monet, uma sonata de Mozart, um banho de cachoeira, um beijo... Coisas inúteis. E, no entanto, elas são parte da vida e nos fazem sorrir. E não é para isso que se educa? Para que saibamos, além de viver, sorrir e ter prazer?
Resumo da minha filosofia de educação:
Primeiro, aprender ferramentas, para ter poder.
Segundo: aprender os brinquedos, para ter prazer...
http://www.envolverde.com.br/
 
será por isso a educação... será por isso que fazemos arte...
 
criação a quatro mãos:
as de Rodrigo (3 anos) e as minhas (50 anos)